Em alta, ‘condomínios verdes’ podem não ser sustentáveis de fato, alerta especialista

Mais de 1,7 milhões de domicílios estão localizados dentro de condomínios horizontais no Brasil, segundo o IBGE

De acordo com os dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, mais de 1,7 milhões de domicílios estão localizados dentro de condomínios horizontais no Brasil.

Esse número apresentou um crescimento significativo de 76% nos últimos 12 anos em comparação com o censo anterior de 2010. Em Goiânia, esse aumento foi ainda mais expressivo, ultrapassando o dobro, com um incremento de 124% no mesmo período.

Nesse contexto, surge também o lançamento dos chamados condomínios verdes, que defende a integração de sustentabilidade e moradia. Uma incorporadora, por exemplo, confirma essa tendência, ao anunciar dois empreendimentos em Pirenópolis e outro em Terezópolis de Goiás, inspirados no famoso Aldeia do Vale, de Goiânia.

A empresa ainda oficializou nesta semana planos para lançamentos, em breve, no Distrito Federal e em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia.

O ambientalista Antônio Zayek afirmou que, se um condomínio adotar Soluções Baseadas na Natureza (SBN), como planejamento ambiental e permacultura, poderá ter um impacto positivo.

“Depende onde a gente vai fazer a inserção, onde você vai entrar. Está entrando na Mata Atlântica, na beira do mar, derrubando árvore, não vai ter jeito de positivar isso”, critica.

Por outro lado, Antônio ressalta que em uma área degradada para recuperar, replantar, fazer curva de nível para a água entrar no chão, jardim de chuva, trincheira de infiltração, todo um aparato de SBN, aumentar a biodiversidade, a água do lugar, aumentar árvores captando carbono, e não ter mais erosão, assim pode estar impactando positivamente.

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